Monday, May 01, 2006

Banalização do Amor

Amor. Banalizaram tanto essa palavra, que hoje em dia qualquer um diz, a qualquer hora, para qualquer pessoa. E isso é triste. Triste para quem diz e para quem ouve. Amor é sentimento bom, que não deve ser usado, apenas sentido.
Se ele acaba é porque não era amor. Se ele destrói, corrói, atrapalha a vida de alguém, não é amor. Só se sabe que se ama alguém de verdade, por nossas ações, não pela palavra. Se estamos juntos é o carinho, o cuidado, o interesse e o respeito que traduzem esse amor. Se por ventura, não estamos mais juntos, a prova de que É amor se traduz no amor próprio: aquele que me faz querer o meu bem e o bem da pessoa amada, mesmo que ela não esteja comigo, ou apesar dela não estar comigo. E isso se faz da maneira mais simples possível: desejando sua felicidade, mesmo que seja ao lado de outra pessoa.
Não basta dizer, tem de sentir isso, sentir esse amor!! Aprender isso, sentindo isso. O verdadeiro amor te faz manter distância para não atrapalhar a vida de quem tu ama, pois quem AMA DE VERDADE não quer ver o `circo pegando fogo`. Quer ver a outra pessoa feliz, mesmo que não seja com a gente. E, nesse caso, a maior prova de amor é se preocupar em ver a pessoa feliz, não se fazer presente, constante, não querer impor lembranças que poderão interferir na nova relação de quem se ama; isso não a fará feliz e muito menos a trará de volta. Pelo contrário, gera mágoa, por vermos que a pessoa que diz nos amar, está na verdade torcendo para que não sejamos felizes. Porque se esse amor for de verdade não precisa forçar, sempre vai estar lá. Mesmo que não seja recíproco, vai estar lá. E isso basta.
O resto é simplesmente posse e falta de amor. E falta do melhor dos amores possíveis: o amor próprio. É esse que faz com que as pessoas nos amem, por verem ali alguém digno de amor, não de pena.

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