Sunday, January 15, 2006

adeus, ano velho brocha!

2005
Tá aí um ano que não precisava ter começado. Mas ainda bem que terminou. Um ano brocha, com acontecimentos brocha. Um ano que poderia ser deletado, não fosse o fato de corroborar com aquela história de que temos memória curta. Antes fosse, mas esse ano vai ser difícil de esquecer. Pelo menos, pra mim. Ano de encarar os fatos, a verdade.

Política - Sonhos merecem ir para o lixo?
Ainda tenho dó de jogar no lixo minha bandeira do PT. Ela me trazia boas lembranças, até o ano passado e brocha acontecer. Eu acreditei e me ferrei. Não fui a única, mas isso não impede que eu me sinta pessoalmente traída. Entreatos. Até isso virou piada. O filme. Pensei em assistir novamente, mas seria apenas uma forma de me colerizar.

Encontrei Olívio esses dias, caminhando despreocupado pelo Centro. Fiquei olhando até ele retribuir e me dar algum tipo de resposta. Ele me olhou e aquele olhar me deu todas as respostas que eu queria. Ainda acredito nas pessoas. Ou apenas deixo que elas me enganem.
Mais apavorante é pensar no Rigotto com simpatia. Ele é gaúcho. Foi o critério que sobrou.

Religião - Ucho, ucho, ucho, o Papa era gaúcho..
Não adianta.Minha fé nunca foi das mais ferrenhas. Talvez seja das menos. Recebi um terço de N. Senhora de Fátima pelo correio. Não paguei. E fui eu que pedi. Católica não praticante. Tentei, mas não deu. Esses dias, descobri que também existe a expressão mulçumano não praticante. Fiquei mais consolada por saber que outros também se chamam assim. Só sei que João Paulo II era gaúcho. Quanto ao Bento, talvez se ele pisar no Olímpico.

Futebol - Nada pode ser maior
Talvez das poucas coisas não-brocha que aconteceram no ano velho brocha, foi aquela partida de futebol. Deus existe. Essa foi a mensagem que mandei aos amigos colorados.

Trabalho - la vendeta è un piato che si mangia freddo
Chefe incompetente. O legítimo `velho brocha` foi mandado pro espaço com direito a aviso e tudo. Maravilhoso ver a pessoa querendo remediar o irremediável. Fabuloso ter feedback positivo.
MInha vez. Me esforçarei pra não ser a `velha brocha`.

Família - quem realmente importa
Coluna brocha. Isso foi o pior acontecimento da minha vida. Acha pouco? Esse mal é maior porque acontece comigo, já dizia Millor. Precisava de férias, ganhei. Família. Boa hora pra pensar nisso. Quando se está de cama.Definitivamente: todo mundo gosta de mim. Eles são um mundo à parte. Bem como eu gosto.Um dos melhores. Um dos que não implodiu.

Amigos - a música é ruim, mas a cerveja é Polar
Acho que tenho alguns. Poucos, mas leais. Não estou preocupada com números. Apenas que aceitem uma verdade: não faço coisas esperando algo em troca. Assim é que deve ser. Esperem minha amizade, não minha subserviência. Objetivamente: não vou fazer as vontades alheias se não estiver a fim. E isso não é nada pessoal. Minha energia andou abalada. Não me sugue. Isso é um pedido.

Amor - soundtracks: it had to be you
Hora da leitura. Romance. Era apenas uma personagem, com vida limitada a uma pauta e aos dedos mais obedientes que um teclado poderia querer que o tocasse. A peça que comandava os dedos e as palavras era outra. Essa foi a peça que faltou. Mas era ignorante. Personagens são um pouco da gente, meio que irmãos, filhos, ou mesmo carrascos. Ignorava sua relevância na formação moral deles e o quanto era parte daquilo que escrevia.


2 comments:

Tahiane Stochero said...

boa retrospectiva, Isa. fiz, mentalmente, uma similar.
bjs e que este blog prospere!

Isa B. said...

Minha bandeira já foi pro lixo. Acho que em 2006.